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Preparei este vídeo com várias dicas de como envernizar suas peças modeladas em PVClay Polymer Clay. Também para mostrar as diferenças entre o GLOSS e o MATTE, o novo verniz da PVClay.
Hoje, 18 de maio de 2019, noite de lua cheia, lembrei-me desta antiga matéria que escrevi para o Portal das Jóias. Dando sequência ao resgate delas, resolvi ser esta a matéria da vez.
Segue na íntegra, ressaltando que foi escrita em 2005:
Este mês quero apresentar a vocês um novo material que estou agregando ao meu trabalho em cerâmica plástica, que é a argila de metal. Nas matérias que escrevi até hoje sempre frisei minha paixão pela modelagem, onde sentimos no tato e na delicadeza dos dedos o prazer da tridimensionalidade das pequenas formas livres que criamos.
Há um certo tempo que eu lia em sites e livros de outros países, artigos sobre uma massinha fabricada no Japão que, após a queima, transformava-se em uma linda jóia modelada em prata 1000 e ouro 22K. Parecia algo mágico, até mesmo difícil de acreditar.
Finalmente quase no término do ano passado (2004), para minha alegria, esse produto aqui chegou. Mais do que depressa corri para uma primeira aula, onde finalmente tive meu contato com esse novo produto. Posso dizer a vocês que achei surpreendente sair dessa aula com as primeiras jóias em prata feitas por mim.
Mas eu quis aprofundar meu aprendizado e logo me inscrevi para fazer um longo curso de certificação, onde durante 56 horas em período integral, aprendemos diversas técnicas dessa inusitada forma de trabalharmos a joalheria artesanal. A emoção foi enorme, tanto por ser a primeira turma no Brasil a certificar-se, como por estar lado a lado com meus colegas de curso, renomados joalheiros e verdadeiros mestres nessa no Brasil. Senti-me muito honrada em fazer parte dessa turma tão especial.
A Art Clay Silver e a Art Clay Gold são metais transformados em um pó extremamente fino, misturados a um agregado orgânico atóxico e água. Modelamos manualmente, secamos (nesta etapa assemelha-se a um delicado gesso seco), e é também nesta etapa onde passamos o maior tempo de trabalho, esculpindo detalhes e dando acabamento com limas, lixas finas e pequenas ferramentas. Depois vem a queima que, no caso desta massa de prata, podemos fazer de diferentes formas: na chama do fogão caseiro (sobre uma tela de aço), com o maçarico, ou em forno de alta temperatura (de 650 a 850°C). Após esse processo temos uma peça de prata com 99,9% de pureza. Na queima do ouro o forno é indispensável e a temperatura é mais alta (999°C). Após esse procedimento, é só dar o polimento adequado e bem caprichado e sua jóia está pronta!
Desde o início pensei em unir essas duas formas de modelagem, a do metal precioso com a cerâmica plástica, e considerei um casamento perfeito. É o metal nobre valorizando a massa plástica, esta que, por sua vez, já prima por todo o potencial artístico e criativo de suas muitas possibilidades técnicas e cores.
As peças que fiz e aqui apresento foram todas modeladas em Art Clay Silver e cerâmica plástica (técnica imitação de Opala). Fazem parte da coleção que denominei Luas de Maio, e que foram apresentadas depois à Art Clay do Brasil como meu trabalho de conclusão de curso, servindo como avaliação para eu tornar-me instrutora sênior certificada.
Em outra matéria escreverei sobre a imitação de opala em cerâmica plástica.
Até!
(autoria do texto e peças: Beatriz Cominatto)
Nota1: Matéria escrita e publicada no site Portal das Joias em 2005. Leia sobre.
Quem me conhece sabe que não sou adepta de práticas ritualísticas nestas datas comemorativas de final de ano. Mas ontem, último dia de 2018, tive a grata surpresa ao visitar o blog Polymer Arts, como de costume, e nele encontrar matéria recém postada sobre dois artistas do polímero que admiro de longa data, os parceiros Steven Ford e David Forlano. Lá encontrei link para outro endereço, o Art Jewelry Forum, onde li uma antiga entrevista feita com eles em 2012. Na verdade não considero tão antiga assim, visto que a minha “relação” com o trabalho deles data de bem mais tempo do que isso.
Meu primeiro contato com o polymer clay deu-se em 1992, quando a dentista paulistana também aqui da Vila Madalena, Vera Kahn, passou a importar o produto que conheceu em viagem à Israel. Era totalmente novidade no Brasil. Também foi lá no ateliê de Vera onde conheci em mãos o belíssimo trabalho de Steven e David, através de dois porta-retratos incríveis feitos por eles, adquiridos nos EUA. Ficávamos impressionadas e curiosas com os efeitos que a técnica millefiori tão misteriosamente compunham suas peças. Nessa época não tínhamos ainda internet no Brasil (juro que hoje não sei como sobrevivíamos sem 😀 ), nem acesso a publicações importadas com referências ao material, e muito menos sobre o millefiori. Por volta de um ano e pouco depois, a filha de Vera fez uma rápida aula no ateliê desses dois artistas lá nos EUA, e na volta nos passou que o millefiori era como um rocambole fatiado, técnica parecida com a elaboração de um “sushi”, onde poderíamos criar “desenhos” variados e até dar um efeito caleidoscópico ao seccionar e unir partes de um mesmo trabalho e, ao final, reduzir até o diâmetro desejado. Tudo muito mágico e contagiante. Foi quando migrei das miniaturas em polymer clay que eu fazia e passei a desenvolver peças com a técnica millefiori, sempre usando o mesmo material. Entender como “funcionava” a técnica foi primordial para a compreensão da complexidade e beleza dos trabalhos dos dois artistas. E essa curiosidade em experimentar levou-me depois a muitas outras técnicas com a massa.
Bons anos depois, quando Vera não importava mais o produto e estava se desfazendo do seu material, presenteou-me com um livro de autoria de Steven Ford e Leslie Dierks, publicado em 1996, e que até hoje guardo com carinho na estante onde coloco todos os meus livros de arte.
Ontem, ao ler essa antiga entrevista com eles, todos esses anos do meu trabalho com o polímero passaram como um filme nostálgico em minha cabeça. Muitos detalhes e muitos sentimentos vieram a tona ao relembrar diversas etapas da carreira que construí. Essa visita despretenciosa minha ao blog acabou, sem querer, proporcionando uma longa reflexão sobre todo esse percurso, com períodos favoráveis e outros nem tanto, mas que sempre serviram como motivação e força para transpô-los. Assim foi quando escrevi meu livro, e também quando surgiu a parceria que tenho na fabricação de nossa massa nacional, a PVClay – Polymer Clay.
Posso então afirmar com segurança… obrigada Vera por ter tido a iniciativa de trazer ao Brasil esse inédito produto. Obrigada David e Forlano por terem feito trabalhos tão instigantes que despertaram em mim a curiosidade indispensável para querer aprender mais, experimentar e sair do lugar comum. Obrigada Edinho Juliotti por um dia ter me telefonado, confiado e dado início à nossa parceria na PVClay. Obrigada a todos os parceiros, amigos, colegas, mestres e alunos que tive ao longo de quase 3 décadas de trabalho, com os quais sempre aprendi muito, me abrindo a inúmeras possibilidades.
Enfim, não foi uma retrospectiva de final de ano, coisa que nunca faço. Inesperadamente foi algo maior, que me fez querer desejar a todos não apenas um 2019 promissor, mas um futuro construído ao longo de todos os anos que virão, e dizer que sempre busquem inspirações que te fortaleçam para isso.
(sugiro que entrem nos links dentro do texto para saberem um pouquinho mais sobre o que escrevi)
Conhecido e utilizado desde a Pré-História, o cobre é um metal que tornou-se parte imprescindível do dia a dia do homem em inúmeras aplicações. Comprovadamente manuseado há 10 mil anos, muito provável que já tenha sido descoberto e utilizado milênios antes disso. Foi o primeiro material empregado pelo homem em substituição à pedra na confecção de ferramentas, armas, moedas, utensílios e objetos decorativos diversos. Em escavações no Iraque foi encontrado até mesmo um colar, com estimativa de ter sido feito há 8.700 a.C.
O período da Pré-História começou com o aparecimento do homem na Terra há muitos milhares de anos, e foi subdividido em outros dois: a Idade da Pedra, até 5.000 a.C. (que abrange os períodos Paleolítico e Neolítico, havendo no meio deles um de transição que é o Mesolítico), e a Idade dos Metais, de 5.000 a 3.500 a.C., que é a última fase da Pré-História e também subdividida nas seguintes partes:
A Idade do Cobre, onde o homem descobriu o uso desse metal, que era então derretido, moldado em formas de barro ou de pedra e, depois de resfriado, ganhava forma sendo martelado. Esse período de utilização do cobre também foi chamado de Calcolítico.
Já na Idade do Bronze, aprendeu a misturar o estanho ao cobre, chegando assim ao bronze, uma liga de metal mais resistente que o cobre, também utilizado na confecção de esculturas, armas, ferramentas e outros utensílios diversos (sobre esse material escreverei em outra matéria).
Por fim veio a Idade do Ferro, onde o homem já exercia um melhor domínio da metalurgia, através do uso de fornos de alta temperatura, propiciando a elaboração de ferramentas bem mais resistentes. Por ser de obtenção, manuseio e fundição mais difíceis, esse conhecimento adquirido e empregado também em armamentos, causou uma grande supremacia de alguns povos.
Esse desenvolvimento da metalurgia proporcionou um grande avanço em muitos setores, principalmente o da agricultura com a fabricação de arados e outras ferramentas, mesmo que ainda rústicas, mas facilitando em muito o trabalho no campo, aumentando assim a sua produtividade.
A Era dos Metais marcou a transição do período Neolítico (Idade da pedra) para o Calcolítico (Idade do Cobre), dando início a períodos de melhor elaboração da vida em sociedade, com o desenvolvimento do comércio e da necessidade de registros, originando assim as primeiras escritas (pelos Sumérios, na Mesopotâmia), o que ocasionou a passagem da Pré-História para a História.
Já nos tempos mais atuais, com o desenvolvimento industrial, apesar de ter seu uso bem diversificado, o cobre passou principalmente a ser utilizado como condutor de calor e eletricidade, fazendo parte de fios e cabos.
O cobre tem coloração avermelhada e, quando em contato prolongado com umidade e gás carbônico, sofre uma lenta oxidação chamada de azinhavre (ou zinabre, popularmente dito), que proporciona ao metal uma interessante (e tóxica) pátina de coloração azul-esverdeada. É um metal que pode ser misturado a outros, como zinco, estanho, níquel, ouro, prata, alumínio, etc. São as chamadas ligas de metal, e somente as de cobre são mais de 400.
Mas a sua exploração e utilização em larga escala deveria ser revista, já que é um material não renovável, nem pela natureza e nem pelo homem. Além de sua forma pura, ele é encontrado principalmente em rochas ricas deste minério presentes em algumas regiões do planeta, como Chile, EUA, Peru, China, Austrália, Indonésia, Rússia e diversos outros países, em menor escala, incluindo o Brasil.
Sua imitação em cerâmica plástica é bastante interessante, pois proporciona resultados bonitos e fáceis de serem obtidos. Desde uma simples pátina com tintas após a queima, até mesmo trabalhando em finas camadas de massa já nas colorações desejadas (como nas peças de minha autoria que aqui apresento), buscando nessas camadas desbastadas antes e depois do cozimento o efeito envelhecido, tanto para a imitação do metal como do azinhavre (não utilizei tintas para simular essa oxidação). Se quiser poderá também, quando ainda crua, aplicar texturas deixando sua peça ainda mais expressiva. Depois de pronta e já queimada, poderá aplicar pequenos toques de pátina em cera na cor do metal, mas de forma bem sutil para não ocultar o feito oxidado.
Os resultados serão sempre surpreendentes e únicos.
(autoria do texto e peças: Beatriz Cominatto)
Nota1: Matéria escrita e publicada no site Portal das Joias em 2011. Leia sobre.
Nota2: Alguns pequenos trechos foram modificados nesta atualização. As peças foram feitas em 2011.
Sei que em muito andei em falta, até mesmo meio ausente do meu trabalho e pouco escrevendo aqui no blog.
Agora, com a vida um pouco mais em ordem, penso em retomar muita coisa que andou parada, entre elas, escrever.
Quem acompanha o meu trabalho há mais tempo sabe que por quase uma década fui colunista de um site muito bacana, o Portal das Jóias. Com muito carinho escrevi matérias mensais sobre o material que mais amo trabalhar, que é a cerâmica plástica, sempre falando um pouquinho de sua aplicação em técnicas diversas. Acho mesmo que algumas matérias já têm mais de 15 anos!
O Portal atualmente não está mais no ar, mas sempre torço para que volte, era uma espaço muito rico, independente de nele eu escrever ou não.
Nesse período meio sabático (que na verdade não foi bem sabático…rsss, muito ao contrário, mas necessário para cuidados especiais de saúde em família), sempre pensei em postar aqui no blog essas matérias antigas que escrevi. Elas foram muito importantes para mim e quero crer que também para muitas pessoas do mesmo segmento que o meu.
São muitas as matérias, dezenas… acho mesmo que caminhavam para perto de uma centena. Irei aos poucos selecionando algumas, em ordem aleatória, e postando por aqui. Espero que gostem, mesmo sendo matérias escritas há alguns bons anos, acho que ainda são de grande valia e faço gosto em vê-las novamente publicadas.
Em paralelo a isso, estou mergulhada em novas pesquisas para logo ter também coisas novas pra escrever. 😀
Fiz este blog para ser um cantinho de interatividade, onde posso escrever de forma mais assídua e descontraída, colocando um pouquinho mais do meu dia-a-dia, do meu trabalho com cerâmica plástica e Art Clay Silver, das aulas que dou, de minhas coisas, viagens, novidades, dicas...ou algum outro assunto que pintar!
Participe! Dê sua opinião, sugestões.... que serão todas lidas com muito carinho! =)